Nas grande festa do povo paraense, a fé se espalha por todos os cantos, especialmente no esporte, que carrega consigo a marca da esperança jogo após jogo
Em dois anos como jogador do Paysandu, Robinho aprendeu a viver e respirar a cultura paraense, que tem como maior expoente, sem dúvida, a tradição do Círio de Nazaré, um evento religioso que hoje une todas as manifestações populares em uma só, ao mesmo tempo em que protege e acalenta os corações paraenses. E embora seja paranaense de nascimento, o capitão bicolor já se considera um filho de terra e diz que espera este ano, pela primeira vez, comparecer a uma das procissões que tomam conta das ruas e rios da capital paraense no mês de outubro.
Aos 36 anos, Robinho é uma referência no Paysandu. Além de capitão, o jogador é um dos líderes do elenco e por vezes é consultado pelo técnico Márcio Fernandes. Se no grupo ele é visto com respeito, o mesmo mostra quando o assunto é o Círio de Nazaré. "O Círio faz parte de todas as pessoas de Belém, mas a rotina do atleta é um pouco diferente. Não temos folga, geralmente estamos jogando. Graças a deus esse ano conseguimos jogar na quarta e no outro domingo. Podemos aproveitar melhor, entender. Eu quero ir para ver como é essa caminhada. Eu gostaria muito de participar de alguma maneira e prestigiar esse evento do povo de Belém", diz ele.
Robinho estará em Belém na época do Círio, diferente de 2023, quando também estava em plena disputa da Série C. Apesar da distância física, ele garante que foi abençoado por Nossa Senhora de Nazaré. "Ano passado na visita dela nós estávamos na Paraíba e ganhamos lá por 3 a 2, inclusive fiz o gol da vitória. Foi uma coisa muito marcante na minha vida, ter esse momento de fé. Sou devoto de Nossa Senhora. Não fiz promessas e nem pedi nada além de saúde, sabedoria para continuar trabalhando. O que eu sempre peço é que nos abençoe nos jogos. Se fosse fazer algum pedido, seria a nossa permanência na Série B do ano que vem", diz.
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